Sindicato dos Comerciários de Passo Fundo e Região

Mestre em expor preconceitos, o Deputado Federal excretou mais uma de suas ideias estúpidas

O Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) concedeu uma entrevista ao jornal Zero Hora, onde expõe que a mulher não poderia ganhar um salário igual ou maior que o do homem, pois ela engravida. Em uma de suas falas, Bolsonaro argumenta: “se você tem um comércio que emprega 30 pessoas, eu não posso obrigá-lo a empregar 15 mulheres. […] Essa mulher tá com aliança no dedo, daqui a pouco engravida, seis meses de licença-maternidade”. Jair acha que é muito fácil o empregado falar que a mulher precisa receber um salário igual ao do homem, já que não é ele que terá prejuízos futuros. Para completar, Bolsonaro cita que é liberal e que se quiser empregar um homem com o salário de R$ 2 mil mensais e uma mulher com R$ 1,5 mil ele fará isso e se ela não achar justo “[…] que procure outro emprego”.

Infelizmente, não é apenas o político que pensa dessa maneira. O ranking do Fórum Econômico Mundial, organismo que compara a igualdade de gêneros entre os países, aponta que no ano de 2014 o Brasil ficou com a 71º colocação na igualdade salarial entre homens e mulheres. Dado alarmante e que mostra que o caminho da valorização da mulher perante o mercado de trabalho é extenso.

 Repúdio a declaração de Bolsonaro

Caro Deputado Federal Jair Bolsonaro, faltam palavras para expressar o desprezo que temos em saber que, em pleno século XXI, ainda existam pessoas iguais ao senhor, preconceituosas. Defendemos as mulheres trabalhadoras e acreditamos que elas, por tudo o que já sofreram e ainda sofrem, merecem um salário digno e igualitário. Nos assusta pensar que alguém que está no poder pareça tão ignorante. Lutamos pela igualdade de gênero para as nossas comerciárias e apoiamos todas as trabalhadoras que batalham pela causa. Vamos, todos juntos, conseguir derrubar preconceitos e estabelecer o respeito dentro dos locais de trabalho. 

O machismo, a homofobia, o racismo e etc., são a evasão do sistema para manter a exploração do povo. Apenas a luta e a organização da classe trabalhadora darão um basta em todo o preconceito.

Fonte: Diário do Centro do Mundo