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Neste 8 de março, paralisações e manifestações marcam força internacionalista das mulheres

O 8 de março é data de luta em defesa dos direitos das mulheres. Neste ano, as mobilizações serão um marco e terão caráter internacionalista que significará um avanço na organização das mulheres contra os mesmos ataques e os mesmos inimigos.

No mundo inteiro, as mulheres têm sido protagonistas de lutas importantes e necessárias para a conquista de direitos e contra o machismo e os ataques do neoliberalismo. De 2016 pra cá, na Polônia elas estiveram de preto em dia de greve geral pelo direito ao aborto, estiveram na Suécia contra o estupro, em países islâmicos contra a opressão e por igualdade, no Brasil, na Argentina – com uma hora de greve – e em outros países latino-americanos, protestando contra a violência, o feminicídio cada vez mais presente e a política de ajustes fiscais dos governos, na França contra a reforma trabalhista, mais recentemente nos Estados Unidos, contra a política xenófoba, o perfil racista, lgbtfóbico e misógino do presidente Donald Trump e também seus planos de austeridade.

 

Pelo mundo

Neste 8M, de acordo com estimativas do movimento “Nosotras Paramos” (Nós Paramos), serão mais de 3 milhões de mulheres em luta, nas ruas, em paralisações e manifestações. Os atos, muitos deles inspirados no chamado por uma greve geral internacional, ocorrerão em mais de 30 países.

O chamado foi feito após as grandes marchas de mulheres contra Trump, que ocorreram nos Estados Unidos no dia 21 de janeiro. Assinado por feministas históricas como Angela Davis e Nancy Fraser, a carta propõe que este dia de luta seja “para além do ‘faça acontecer’: por um feminismo dos 99% e uma greve internacional militante em 8 de março”. As intelectuais e feministas defendem que as pautas reflitam os problemas de 99% das mulheres, “cujas condições de vida só podem ser melhoradas através de políticas que defendam a reprodução social, a justiça reprodutiva segura e garanta direitos trabalhistas”.

“Quando falamos dos 99% significa que esse feminismo classista deve estar a serviço dessas mulheres contra o machismo. Para nós, a mobilização deve ter o corte classista e ser tarefa de toda a classe trabalhadora”, complementa Marcela Azevedo, da Executiva Nacional do MML (Movimento Mulheres em Luta).

Além dos Estados Unidos, Austrália, Seul, Argentina, Bolívia, Chile, Peru, Uruguai, Paraguai, Guatemala, Porto Rico, Panamá, Irlanda, Rússia, Portugal, Holanda, Alemanha, Bélgica, Grã-Bretanha, Suécia, Espanha, França, Itália entre outros já confirmaram manifestações ou paralisações.

 

Por aqui

No Brasil, contra os ataques do governo, a violência e as consequências da crise que têm recaído com mais força nos ombros das mulheres,  a CSP-Conlutas e o MML (Movimento Mulheres em Luta) estarão nas ruas. “Este 8 de março tende a ser um marco na luta das mulheres. Tivemos um chamado internacional de greve contra a violência e os ataques aos nossos direitos, desde a Argentina, com o movimento ‘Ni una a Menos’, à marcha das mulheres nos Estados Unidos. Estamos nessa construção para fortalecer o protagonismo das mulheres e avançar na unidade dos trabalhadores para a construção da greve geral, a fim de barrarmos as reformas da Previdência e trabalhista e os ataques aos nossos direitos que o governo Temer vem aplicando”, explica Marcela.

As mulheres serão as mais atacadas com a PEC da Previdência. O fim da aposentadoria por tempo de contribuição, o aumento da idade mínima para as mulheres, de 60 para 65 anos, e o fim da aposentadoria especial para professores (categoria formada majoritariamente por mulheres), são alguns dos exemplos de impactos que a reforma trará à vida dessas trabalhadoras. “Estaremos nas ruas exigindo nenhuma a menos, nenhum direito a menos, e pela greve geral, já”, completou Marcela.

 

Chamado da RSISL

A RSISL (Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas), que agrega mais de 70 organizações e entidades sindicais de diversos países, divulgou apoio ao 8 de maio, reforçando a importância das mulheres no “combate global por uma sociedade igualitária”. Confira a nota abaixo:

 

8 de março: jornada internacional de lutas pelos direitos das mulheres
No dia 8 de março, em todas partes do mundo, haverá ações em defesa aos direitos das mulheres, exigindo a igualdade entre mulheres e homens, o direito de cada mulher a dispor livremente de seu corpo, denunciando todas as discriminações e violências contra às mulheres. O 8 de março de 2017 será o momento de manifestações em diversos países e também de greves de mulheres. A Rede Sindical Internacional de Solidariedade e de Lutas apoia essas ações que continuam a longa história de luta do movimento de mulheres e da classe trabalhadora, simbolizado pelo papel do movimento sindical nessas lutas. Elas se encaixam tanto na luta específica das mulheres como no combate global por uma sociedade igualitária, em ruptura com o sistema capitalista e patriarcal.

 

Fonte: cspconlutas.org.br

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