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Mesmo com aumento de mortes, Bolsonaro lança campanha publicitária para acabar com quarentena

Contrariando mais uma vez as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) de isolamento social para o combate à pandemia do coronavírus (Covid-19), o governo de Bolsonaro  lançou uma campanha pelo fim da quarentena, que pode ampliar o número de mortes e contaminação pela doença no Brasil de forma assustadora. A peça publicitária, sem licitação, vai custar  aos cofres públicos R$ 4, 8 milhões.

Assim como o pronunciamento criminoso feito em rede nacional na última segunda-feira (23), com o slogan “O Brasil não pode parar” a nova campanha do governo defende a retomada das atividades, a volta ao trabalho, hoje interrompida em muitos segmentos, para não propagação da doença.

 

Esta campanha pode levar à uma piora ainda maior do quadro já crítico da disseminação da doença, que sequer atingiu ainda seu nível mais grave de contágio, de acordo com o Ministério da Saúde. Ainda assim, nesta quinta-feira (26), o país teve um pico no número de mortos (77) e de casos (quase 3 mil).

Nas redes sociais, o governo incita que o Brasil não pode parar, destacando questões econômicas, mas que tem como pano de fundo a defesa de empresas que estão deixando de lucrar.

Bolsonaro já deu declarações de que está mais preocupado com os lucros das empresas do que com a vida das pessoas. Minimizou as mortes que ocorreram no país e que seguem em crescente evolução.

A campanha defende que o isolamento se aplique apenas aos mais idosos, cuja doença é mais agressiva e fatal. Mas, a posição não tem nenhum embasamento científico ou técnico. Sequer o governo apresenta medidas que seriam necessárias para tal proposta.

Muitos trabalhadores em idade ativa têm doenças do coração, diabetes e até mesmo respiratórias, que comprovadamente estão na linha de risco de contágio fatal, ou seja, não apenas idosos morrem por causa do coronavírus.

No Brasil, 77 pessoas já morreram desde o primeiro caso registrado. Mesmo sendo a maioria idosos, essas pessoas tinham netos, filhos e vida ativa, não são apenas números. Mas também há vítimas na faixa dos 30 a 50 anos, o que acende um alerta.

Essa posição repete o mesmo erro de governantes na Itália e pode resultar numa situação sem controle, já que o Brasil é geograficamente maior e enfrenta uma precariedade muito maior para garantir direitos básicos, como acesso à saúde e saneamento.

Na Itália, o governo, no início da pandemia, defendeu o mesmo que Bolsonaro e minimizou o contágio pelo Covid-19. Atualmente, as mortes chegam a 8 mil pessoas, com 62 mil infectados de acordo com a última atualização do quadro de contágio feito nesta quinta-feira (26).

Os governantes deste país não levaram a sério o perigo que representa o Convid-19 e hoje convivem com falta de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), respiradores para os casos mais graves, e locais para enterrar seus os mortos.

Caravanas de apoio à doença e a morte

Essa campanha criminosa do governo tem ressonância junto a apoiadores do governo Bolsonaro, que estão convocando caravanas de apoio ao fim do isolamento social. Muitas dessas pessoas são empresários que estão pensando em seus negócios e estão pouco se lixando para os trabalhadores, que podem se contaminar, adoecer e até morrer.

Mas é também uma campanha desonesta que tenta explorar o sentimento de um setor da população, como pequenos comerciantes e trabalhadores informais que estão sem sua fonte de renda em razão da quarentena, medida fundamental para combater a proliferação do vírus.

Nesta quinta-feira (26), multiplicaram-se chamamentos virtuais a carreatas em favor da ideia bolsonarista de que o Brasil deveria voltar à atividade. Bolsonaro compartilhou em sua conta em rede social o vídeo de uma carreata realizada em Camburiú (SC) contrária ao isolamento social.

Muitas dessas manifestações ocorrerão segunda-feira (30), véspera do aniversário de 56 anos do golpe militar de 1964, que é abertamente apoiado por Bolsonaro.

Governos que apoiam Bolsonaro com em Rondçônia, Mato Grosso e Santa Catarina, também já estão orientando a abertura de comércio e retomada das atividades.

Bolsonaro minimizou tanto a pandemia, que no último dia 15 de março, sob suspeita de estar com vírus, após viagem para os Estados Unidos, interagiu com bolsonaristas que realizavam um manifestações em defesa de seu governo. Desta comitiva, pelo menos 25 pessoas que tiveram contato com o presidente se contaminaram com o coronavírus. Um de seus segurança está internado em estado grave.

Repúdio

É preciso repudiar a postura criminosa de Bolsonaro que quer levar à doença e à morte os trabalhadores. É preciso exigir o contrário do que o presidente propõe, e ampliar a quarentena para todos. Garantir a estabilidade no emprego, licença remunerada para quem ficar em casa, proteção e equipamentos de segurança para os trabalhadores em serviços essenciais, e que o estado garanta politicas públicas até que essa pandemia seja controlada.

Confira o programa da CSP-Conlutas com essas e outras exigências

 

Fonte: CSP Conlutas

 

 

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