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28 de Junho: relembrar Stonewall com resistência e luta por direitos LGBTIs

Em 1969, o movimento LGBTI protagonizou uma luta que é, até os dias atuais , importante referência na mobilização pela liberdade de orientação sexual e de gênero: A Revolta de Stonewall.

O evento histórico que deu nome à revolta  que aconteceu em 28 de junho de 1969, quando após repetidas batidas policiais num bar chamado Stonewall Inn, um grupo de pessoas liderado por travestis trancou os policiais no estabelecimento, numa atitude de resistência após sete noites de ataques violentos contra os LGBTIs que frequentavam o local.

 

Para celebrar a data da revolta, no ano seguinte foi organizada uma passeata relembrando o acontecimento, e assim surgiram as Paradas do Orgulho LGBT ao redor do mundo. Essa luta inspirou a muitas outras e é reivindicada até hoje como exemplo de mobilização e resistência.

Contexto histórico

O movimento de luta LGBTI começou a ganhar força em Nova Iorque em fins da década de 60, quando o país vivia a ascensão das massas em meio aos protestos contra a guerra do Vietnã, associado também ao crescimento dos movimentos de contracultura, feminista e negro, de contestação ao modelo capitalista, enfrentou dura repressão policial.

Para compreender o momento histórico dessa importante mobilização de massas, o integrante do setorial LGBTI da CSP-Conlutas, Alessandro Furtado, resgata cronologicamente os principais fatos que chegaram ao Stonewall e os anos seguintes de resistência desse grupo de luta:

Capitalismo e pandemia

A crise econômica que aprofunda a desigualdade social, o desemprego e a violência atingem em cheio os setores oprimidos. As LGBTIs, pelo fato de não se encaixarem no padrão da heteronormatividade, sofrem mais diretamente os efeitos da crise.

Como consequência, esses setores oprimidos se organizam para enfrentar tais ataques, gerando forte polarização que enfrenta por sua vez, como resposta às lutas, governos e grupos de ultradireita, liberais na economia, conservadores nos costumes. Jair Bolsonaro no Brasil é um dos exemplos.

Com a pandemia, a situação ganhou contornos ainda mais preocupantes. Segundo dados colhidos pelo IESOGI (Instituto Independente de Orientação Sexual e Identidade de Gênero) a COVID-19 tem um impacto desproporcional na vida das pessoas LGBTQI+, que, com poucas exceções, a resposta à pandemia reproduz e exacerba os padrões de exclusão social e de violência já identificados pelo instituto”.

A mesma pesquisa aponta que as disparidades sociais contribuem para mais vulnerabilidade deste grupo em contexto de crise sanitária: “pessoas LGBT estão desproporcionalmente representadas nas estatísticas dos pobres, das pessoas em situação de rua e das que não têm assistência médica, o que significa que elas podem ser particularmente afetadas como resultado da pandemia. ”

Com relação à situação de miséria e exclusão, a  Aliança Nacional LGBTI publicou recentemente a estimativa de que o desemprego entre LGBTIs possa atingir o percentual de 40% durante a pandemia, número muito superior aos 14,4% de desempregados, observada na população geral, segundo a última pesquisa do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O movimento sindical na luta

Em meio ao intenso retrocesso que os governos mundo afora provocam, com inúmeros direitos retirados, é preciso compreender que as lutas sindicais devem caminhar lado a lado com os setores oprimidos e os movimentos sociais. Se o capitalismo tem responsabilidade direta com a opressão contra essas minorias, é urgente construir organização para responder às demandas desses setores, de pessoas que vivem às margens da sociedade.

A CSP-Conlutas produziu a cartilha “LGBT: uma história de resistência e luta por direitos”, com importantes referências históricas, como a Revolta de Stonewall, que em 2021 completa 52 anos, e outros marcos ao redor do mundo, além de destacar os diversos ataques contra as LGBTIs e alertar sobre como o capitalismo e os governos autoritários e opressores agem para manter a discriminação e a violência contra esses setores minoritários.

Esse documento traz, nesse sentido, um necessário debate sobre a urgência do combate à LGBTfobia e a importância de que todas as entidades e movimentos encampem a luta pelas demandas desse setor.

[FAÇA O DOWNLOAD DA CARTILHA AQUI]

Nossa classe é mulher, negra, LGBT, e precisamos responder a essas demandas para conseguir a nossa unidade numa só luta contra a opressão e a exploração capitalistas, seja no movimento sindical ou nos movimentos sociais.

Acreditamos ainda que a luta deve ser internacional. No mundo, ainda hoje as relações entre pessoas do mesmo sexo são consideradas crimes em 67 países, de acordo com dados recentes da ILGA (International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association) que monitora leis internacionais relacionadas ao tema há 12 anos.

 

Lutemos por nossas liberdades!
Viva a Revolta de Stonewall!
Viva a luta das LGBTIs no Brasil e no mundo, contra os governos e o capitalismo!
Fora Bolsonaro e Mourão!

 

Fonte: CSP Conlutas

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