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Reajustes baseados no dólar: diesel tem aumento de 9%

A Petrobras anunciou um novo reajuste no preço do diesel vendido às distribuidoras. O litro sofreu um aumento de 8,89%, passando de R$ 2,81 para R$ 3,06, em vigor a partir desta quarta-feira (29). Os demais combustíveis não tiveram reajuste anunciado. Ainda.

Em comunicado, a empresa informou que a medida visa “garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento” e que o aumento “reflete parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e da taxa de câmbio”.

Ou seja, o reajuste no diesel, assim como tem sido na gasolina e no gás de cozinha, é fruto da política adotada pela empresa e pelo governo Bolsonaro que define os preços dos combustíveis no país com base no valor do barril do petróleo no mercado internacional, no valor do dólar e nos custos de importação. É a chamada PPI (Preços de Paridade de Importação).

 

As fake news de Bolsonaro

O novo aumento acontece em meio ao debate sobre a disparada no preço dos combustíveis no país no último período. A gasolina, por exemplo, está no centro da alta da inflação. Em 12 meses, a gasolina subiu 39,1%, o etanol disparou 62,3% e o diesel avançou 35,4%. Em alguns locais do país chega a ultrapassar R$ 7 o litro.

Cada vez mais acuado, o governo Bolsonaro, o ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e a direção da Petrobras, sob o comando do general Joaquim Luna e Silva, tentam se esquivar da responsabilidade pela alta.

Na segunda-feira, no evento para marcar os mil dias de seu governo, numa fala defensiva, Bolsonaro falou sobre os preços dos combustíveis. “Alguém acha que eu não queria a gasolina a 4 reais ou menos? O dólar a 4,50 ou menos? Não é maldade da nossa parte, é uma realidade”, disse. “E tem um ditado que diz: Nada está tão ruim que não possa piorar. Não queremos isso”, completou.

O discurso do governo e da empresa, que foi inclusive endossado pelo presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), é que impostos seriam os responsáveis pelo alto preço dos combustíveis e que os governos estaduais deveriam reduzir o ICMS.

O general Luna e Silva disse que “tudo que excede R$ 2 no preço dos combustíveis não é responsabilidade da Petrobras”.

Ele só não explicou que isso representa mais de 33% da composição do preço e é a parte que tem sofrido reajustes constantes e está na raiz do problema da alta dos combustíveis no Brasil.

 

Causa não são impostos. É o PPI e a privatização

Os sindicatos de petroleiros vem denunciando, desde que a política de PPI foi adotada no governo Temer e mantida por Bolsonaro, que essa é a razão para os aumentos sucessivos feitos pela Petrobras. Uma situação que vem sendo agravada ainda mais com o processo de privatização que avança sobre a estatal.

“O governo tenta fazer jogo político ao colocar a responsabilidade no ICMS, diz que está pensando em mudar o tributo, mas ao mesmo tempo diz que a Petrobras tem independência para reajustar os preços. A Petrobras, por outro lado, diz que vai mudar a periodicidade do reajuste, mas manterá a paridade, que é a responsável pelo aumento. Tanto a direção da Petrobras quanto o governo Federal ficam nesse jogo em empurra, mas na verdade o que está sendo feito é a transferência do reajuste para o trabalhador”, alertou em entrevista recente o dirigente do Sindpetro-RJ (Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro) e da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) Eduardo Henrique.

Uma política que visa atender essencialmente os interesses dos acionistas estrangeiros que controlam a maioria das ações da Petrobras.

Outro fator apontado pela categoria é a privatização que avança na estatal. Segundo os trabalhadores, isso vai agravar ainda mais esse cenário, pois a venda de refinarias já anunciada pelo governo Bolsonaro irá criar monopólios regionais privados, sem competitividade. Os preços serão ainda mais exorbitantes.

O governo de Bolsonaro e Mourão é capacho das multinacionais imperialistas e por isso não é capaz de contrariar os interesses dos acionistas estrangeiros que hoje controlam a Petrobras. Por isso, uma eventual redução de impostos como ICMS ou outro não mudará essa lógica. A gasolina seguirá sofrendo aumentos sucessivos para acompanhar os preços internacionais, mesmo o Brasil sendo um dos maiores produtores de petróleo do mundo.

Portanto, a luta necessária é fazer com que a Petrobras pare de aplicar a política de PPI e impedir a processo de privatização da empresa. A Petrobras precisa ser uma empresa 100% estatal, sob controle dos trabalhadores, para que possa, de fato, haver a redução no preço dos combustíveis e fazer a empresa servir aos interesses do país.

 

Fonte: CSP Conlutas

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