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Lugar de mulher é na luta e no 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta!

Nos dias 4, 5 e 6 de outubro irá ocorrer o 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta. Os objetivos deste Encontro são organizar as lutas das mulheres trabalhadoras, atualizar seu programa e avançar na organização e estruturação do MML.

A onda de lutas e manifestações que se desenvolveu a partir da luta contra o aumento das passagens abriu um cenário político muito importante para avançarmos das lutas pelas reivindicações do conjunto da classe trabalhadora, e por isso também das mulheres trabalhadoras.

Os questionamentos vindos das ruas revelaram a dura realidade de vivermos com serviços públicos de péssima qualidade, como transporte, educação e saúde. Nessa realidade, nós, mulheres trabalhadoras, somos as mais afetadas. A carência de linhas de trens, metrôs e ônibus acarreta a superlotação que trás o assédio e a violência sexual como parte de nosso cotidiano. A falta de educação pública de qualidade acarreta a falta de creches públicas, problema mais sentido pela mulher trabalhadora brasileira. Os poucos recursos investidos na saúde também nos proporciona dificuldade de conseguirmos consultas e atendimentos de qualidade nos hospitais públicos, tanto os atendimentos especializados de que precisamos quanto os atendimentos para nossos familiares.

Vivemos em uma sociedade machista e por isso, os problemas sentidos pela classe trabalhadora são mais sentidos ainda pelas mulheres trabalhadoras. Além dessa realidade, sofremos com a violência doméstica, um problema crescente no Brasil. Em 30 anos, mais de 90 mil mulheres foram mortas, sendo que metade disso foi na última década. Em 4 anos, os casos de estupro cresceram 157%, e as principais vítimas são mulheres trabalhadoras, que utilizam o transporte público, local aonde se dá muitas ocorrências, que voltam tarde de seu trabalho, ou saem antes de amanhecer e precisam passar por ruas mal iluminadas.

No que diz respeito aos direitos reprodutivos das mulheres, assistimos a debates que são verdadeiros retrocessos, como a proposta do “Estatuto do Nascituro” que transforma a vítima da violência sexual em culpada pela possibilidade de optar interromper a gravidez.

Durante sua campanha eleitoral, a presidenta Dilma Rousseff prometeu realizar diversas transformações na vida da mulher trabalhadora. Muitas mulheres confiaram em Dilma, acreditando principalmente que pelo fato de ela ser mulher, ela seria mais sensível às demandas das mulheres trabalhadoras e pobres.

Infelizmente, o que vimos desenvolver-se no seu governo foi a mesma lógica presente em outros governos, que priorizou as demandas dos empresários e banqueiros, em detrimento das demandas das mulheres trabalhadoras. Sua proposta de construção de mais de 6 mil creches ainda não foi cumprida. Os projetos relacionados ao combate à violência contra a mulher recebem muito menos recursos do que a dívida pública, que vai diretamente ao bolso dos banqueiros. Para construção de 12 mil novas creches, seriam necessários menos recursos do que os investidos nos estádios da Copa.

Em níveis estaduais, os governos tanto do PT quanto do PSDB/DEM (a oposição de direita) pouco avançam em programas de combate à violência, construção de creches e melhorias significativas no atendimento especializado à saúde da mulher.

Essa realidade e essas experiências com os governos do PT e do PSDB/DEM nos obriga a aprofundar a organização e mobilização da classe trabalhadora e em particular das mulheres trabalhadoras. O 1º Encontro Nacional do MML busca organizar lutas que respondam a essa realidade, que apresente para as mulheres trabalhadoras desse país que precisamos construir nas lutas um campo político e sindical que se paute pelas demandas das mulheres trabalhadoras.

Muitas entidades do movimento sindical, popular, estudantil e de luta contra o machismo, o racismo e a homofobia insistem em apoiar este governo. Acreditamos que essa postura vai na contramão da necessidade de nossas lutas. Por isso, alternativas que se constroem em uma perspectiva independente vem se fortalecendo nas greves, nas manifestações, nas lutas em curso. No interior do movimento de mulheres, há também o apoio ao governo Dilma pela perspectiva de que os movimentos de mulheres devem apoiar o governo por ser chefiado por uma mulher.

Não concordamos com essa perspectiva e buscamos, através da construção do Movimento Mulheres em Luta, disputar a concepção sobre a organização das mulheres trabalhadoras. Não acreditamos que na luta das mulheres todas as mulheres são aliadas. Há aquelas que se orientam pela defesa dos interesses dos grandes empresários, dos banqueiros, dos ricos e poderosos. Essas mulheres estão contra os interesses das mulheres trabalhadoras e vão se enfrentar com as mulheres trabalhadoras em luta, como já vimos ocorrer em muitos momentos da história. Todas as mulheres sofrem com a opressão machista. Porém, a condição de classe divide a condição de mulher, tanto no que diz respeito ao impacto da opressão, quanto no que diz respeito aos interesses de classe em jogo.

Todo esse desafio se enquadra em um cenário internacional de fortes lutas contra as consequências da crise econômica na Europa e contra as ditaduras assassinas no mundo árabe. As mulheres indianas também mostram como a luta contra a violência e os estupros pode se tornar uma grande luta de toda a população. Queremos e devemos refletir todos esses processos no Encontro do MML.

O 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta busca organizar as mulheres trabalhadoras e todas aquelas mulheres que se posicionam ao lado da classe trabalhadora nos embates sociais que ocorrem na sociedade. O 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta busca articular as diversas campanhas por creches, contra a violência, em defesa da saúde pública que ocorrem pelo país. O 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta busca contribuir e fortalecer as campanhas salariais, colocando as demandas das mulheres nas pautas de reivindicação, para que mais e mais mulheres se envolvam na luta política e sindical.

Para isso, também precisamos avançar na estruturação e na organização do MML, debatendo e definindo um estatuto, elegendo uma nova Executiva Nacional, que junto com as executivas estaduais, eleitas durante os anos de 2012 e 2013, possa encabeçar a organização dessas lutas e campanhas.

Participe! Venha fortalecer uma alternativa de organização classista para as mulheres trabalhadoras! Retire na sede do sindicato o Jornal do MML e mais informações sobre o Encontro também podem ser acessadas no Blog do MML neste link: http://www.mulheresemluta.blogspot.com.br/p/encontrosatividades.html

Fonte: MML

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