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É necessário garantir condições para a permanência dos refugiados venezuelanos

O número de venezuelanos que fogem da crise no país fronteiriço e chegam ao Brasil aumenta a cada dia. Em fevereiro deste ano, segundo informação do governo de Roraima havia pelos menos 40 mil pessoas vindas da Venezuela. Esse número não para de crescer.

Fogem da fome. Não há alimentos no país, nem nas prateleiras dos mercados, e o governo não consegue abastecer a população com cestas básicas. A inflação atinge o índice de 700% e os serviços públicos estão em colapso. Há pessoas que vêm buscar atendimento médico no Brasil porque não conseguem fazer uma cirurgia ou mesmo realizar um parto na Venezuela.

Chegam ao país sem dinheiro e sem ter o que comer, ansiosos em busca de qualquer tipo de emprego. Alguns percorrem mais de 200 quilômetros a pé de Pacaraima (RR), cidade brasileira na fronteira, até a capital Boa Vista, para dormir na praça da cidade.

A situação é desesperadora. Refugiam-se no Brasil, mas aqui também encontram-se em situação calamitosa. O governo Temer não garante infraestrutura necessária para recebê-los, assim como o governo estadual de Roraima, por onde entra a maior parte dos imigrantes, e nem a Prefeitura de Boa Vista onde está a maior parte dos imigrantes.

O Brasil conta com um índice baixo de imigrantes, em torno de 1,8%. Países como EUA, Alemanha e outros ultrapassam os 10%. Nos EUA os imigrantes correspondem a 14,5% da população.

Não à xenofobia. Sim à solidariedade!

Além da falta de condições para que permaneçam no Brasil, muitos dos venezuelanos que estão chegando, estão sofrendo forte xenofobia da população local.

Uma manifestação de populares locais ocorrida na tarde de segunda-feira (19), em Mucajaí (RR), invadiu o abrigo de venezuelanos na cidade, expulsando os moradores do local, jogando seus pertences na rua. Em seguida, colocaram fogo nos pertences dos refugiados em via pública.

Outras manifestações que cobram a saída dos venezuelanos, o que chamam de “invasão venezuelana”, vêm acontecendo em cidades de Roraima.

“Receber refugiados é uma questão de direitos humanos, não há como negar a abertura de nossas fronteiras, quando irmãos e irmãs de países vizinhos pedem ajuda”, alerta o metalúrgico Herbert Claros, da SEN (Secretaria Executiva Nacional) da CSP-Conlutas e do Setorial Internacional da Central.

A CSP-Conlutas de Roraima tem procurado realizar um trabalho junto a esses imigrantes, mas é necessário um apoio maior. A reunião nacional da Coordenação da CSP-Conlutas realizada, de 9 a 11 de março, aprovou uma resolução para organizar desde já uma campanha de solidariedade ativa com os refugiados venezuelanos.

Resolução na íntegra da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas

1) Campanha de Solidariedade Ativa com os Refugiados Venezuelanos

Considerando:

a) A crise humanitária pela qual passam os refugiados venezuelanos no Brasil;

b) A atuação positiva da CSP-Conlutas (RR) e do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Roraima filiado à CSP-Conlutas em levar solidariedade aos refugiados venezuelanos nos últimos dois anos.

A Coordenação Nacional resolve:

Lançar uma campanha de solidariedade ativa aos refugiados venezuelanos a partir do envio, em caráter emergencial, de uma delegação da CSP-Conlutas para Boa Vista (RR) com o objetivo de tomar contato com a situação, preparar um vídeo de boa qualidade para dar visibilidade a este drama humanitário em todo o país e buscar realizar uma audiência pública.

A proposta inclui ainda a elaboração de cartilha em espanhol com os direitos dos refugiados no Brasil bem como os endereços da Central em todos os estados. Por fim, fica um chamado a todas as entidades e movimentos filiados à CSP-Conlutas de contribuir com qualquer quantia para que possa ser entregue em caráter de ajuda humanitária.

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